Página:O sertanejo (Volume II).djvu/179

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jovial se desenharam em sua memória como painéis ainda vivos.

Uma parda, que fôra ama de D. Genoveva, era a incumbida de acompanhar Flor e Alina quando estas saíam a passeio pelos arredores da fazenda. Já quebrada pela idade e também pelos achaques, a velha Filipa cansava logo e deixava-se ficar sentada ao pé de um algodoeiro, cujos capulhos ia cardando para entretaer o tempo.

Se D. Flor queria continuar, a velha que não sabia resistir ao rôgo da feiticeira menina, dava o seu consentimento:

— Está bom: podem ir meus netinhos,; mas, olhem lá, bem sossegados; e há de ser por aquí pertinho. Cuidado com o capeta do Arnáo, que aquilo não é gente. Cruzes!... O Jaime, êste é bom menino; sai ao pai, coitadinho, o defunto sr. Lourenço Falcão, rapaz do meu tempo, que ainda me conheceu moça, quando eu era uma rapariga sacudida, que hoje não presto mais; estou uma velha coroca. Deus tenha sua alma, que foi um homem bom, mesmo pela palavra; só tinha que não podia ver cabeção de cacundê que não ficasse logo como pipoca na frigideira! Eu que o diga! Ai! ai! tempo!