Página:O sertanejo (Volume II).djvu/215

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À noite, pouco antes do toque de recolher, chegaram à Oiticica dois viajantes: uma dama que trajava de luto, ajoelhou-se aos pés do potentado.

— Sou uma desventurada, que vem pedir ao sr. capitão-mór Campelo, como pai dos pobres e a Providência dêstes sertões, agasalho e proteção contra seus perseguidores.

— Agasalho terá, que a ninguém se nega na oiticica; proteção, a darei se a merecer; mas primeiro diga para o que a pede, mulher!

— É tarde, e eu não quero pagar com incômodo da família a hospitalidade que vossa senhoria me concede. Se o sr. capitão-mór dá licença, eu deixarei para amanhã relatar-lhe minhas desgraças.

— Amanhã a ouviremos.

D. Genoveva já tinha dado ordem para preparar-se um aposento, no qual foi ela própria, com Flor, instalar a dama, que lhes captara as simpatias, não só por sua desventura, como por seu modo, ao mesmo tempo digno e modesto.

Quando a desconhecida ergueu o crepe que a