Página:O sertanejo (Volume II).djvu/218

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Olha, Águeda, se não fosse minha mãe estar já tão velhinha e não querer por coisa alguma sair da Barbalha, com certeza mudava-me para o Quixeramobim só para ter o gôsto de servir ao capitão-mór Campelo. Aquilo é que é homem! El-rei escreve a êle todos os anos com muitas partes para agradá-lo, porque tem mêdo que o capitão-mór não tome para si todo o sertão, com esta capitania do Ceará e mais a de Pernambuco. Que isto é só êle querer. El-rei bem sabe». E era uma vontade tão grande, que estava sempre a repetir.

— Tenho uma lembrança de seu marido, mulher, disse o capitão-mór. Parece-me que o vi no Icó, numa festa.

— É isso mesmo!

O Campelo não se recordava de tal Nogueira; mas entendeu que não podia ser alheio a um homem, que tinha por sua pessoa aquele profundo acatamento.

— Que aconteceu então a seu marido?

— Apareceu na Barbalha êste ano um tal Proença que foi toda a nossa desgraça.

— Um conhecido por Vareja? perguntou Campelo.