Página:O sertanejo (Volume II).djvu/228

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A convite e instâncias de Águeda, D. Flor saía com ela a passeio pelos arredores da casa, quando quebrava de toda a fôrça do sol. Depois de algumas voltas iam sentar-se à sombra de uma gameleira, que ficava no princípio da mata. Havia alí um tronco derrubado, que servia-lhes de banco.

Aí passavam o tempo em conversa. Águeda tinha sempre uma larga provisão de contos e novidades para atrair a atenção de D. Flor, que educada no retiro da fazenda, sentia a natural curiosidade de conhecer o mundo.

Arnaldo desde o primeiro dia acompanhou êsses passeios, oculto no mato e atento às práticas das duas moças. Nada colheu que justificasse seus receios; mas notou que a viúva também de seu lado estava alerta, pois a cada instante volvia de súbito e disfarçadamente olhos ávidos em tôrno, como para surpreender alguém que porventura a estivesse espreitando por entre a folhagem.

E não ficou nisso. Por mais de uma vez, queando D. Flor, que ia na frente, adiantava-se, a viúva demorando o passo voltava-se e, com a voz submissa e velada, chamava-o por seu nome.