Página:O sertanejo (Volume II).djvu/295

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— O senhor sabe, meu tio, que eu não sirvo de embaraço à sua resolução. Obedecí-lhe aceitando a mão de minha prima; da mesma sorte lhe obedecerei não pensando mais nisso.

O capitão-mór atravessou o aposento e chegando ao corredor, chamou a filha em voz alta:

— Flor!

A donzela acudiu logo. Nas condições em que se achava a fazenda, cada acidente devia sobressaltar, como núncio de novas complicações. A filha do capitão-mór, porém, sabia dominar-se, e quando entrou no camarim, foi com um olhar sereno que ela interrogou a fisionomia das pessoas alí presentes.

— Leia a carta, padre Teles, disse o capitão-mór, significando à filha com um gesto que atendesse.

O capelão reuniu as duas bandas de papel, e obedeceu à ordem do capitão-mór. Finda a leitura, o pai coltou-se para a filha:

— Ouça agora os conselhos do nosso capelão. Fale, padre Teles.

O sacerdote repetiu o que havia dito pouco antes, insistindo, porém, nas razões mais próprias para mover o ânimo da donzela.