Página:O sertanejo (Volume II).djvu/330

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Mais rude e terrível combate era o que nesse instante dava-se n’alma de Arnaldo.

Crivado ao solo como um poste, no meio das balas que zuniam-lhe aos ouvidos, os olhos saltando de D. Flor a Leandro Barbalho e remontando ansiosos à copa da oiticica, êle estava alí como um homem atado ao potro, e dilacerado pelo bárbaro suplício. Uma parte de sua alma, D. Flor a levava após, e debalde êle a chamava a si; outra, o horror do que via a arrancava dalí e a arrojava para longe.

Entretanto no meio do fogo rolante, o Campelo ao abaixar o bacamarte fumegante, lançava um olhar rápido para o altar e bradava em tom imperioso:

— Prossiga, padre!

O capelão não carecia de ser instigado; êle compreendia a grande vantagem que havia para todos, começando por si, em terminar brevemente a cerimônia, já que não a pudera evitar como aconselhara e era mais prudente.

Rolos espessos de fumo da pólvora, tangidos pela viração da manhã, se foram condensar no ponto do terreiro onde erguia-se o altar, e envolviam de uma bruma sinistra o grupo formado