Página:O sertanejo (Volume II).djvu/335

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Foi D. Flor quem primeiro o avistou, quando as mulheres que a cercavam, cedendo afinal ao terror, fugiam espavoridas, e D. Genoveva abraçada com ela, a puxava para a casa.

— Arnaldo! disse a donzela, resistindo à sofreguidão materna e acenando ao sertanejo que se aproximasse.

— Recolha-se, Flor, exclamou Arnaldo, recobrando afinal o seu ânimo pronto e resoluto.

— Meu lugar é aquí perto de meu pai, disse ela, mostrando o capitão-mór que não poupava os tiros de seus bacamartes. Morreremos juntos.

— Não, Flor, não morrerá.

— Fique aquí perto de mim, Arnaldo. Se meu pai cair antes que uma bala me leve, quero que me trespasse o coração com sua faca. Jure-me, Arnaldo! Jure-me, que não cairei viva nas mãos dessa ralé.

— Nem viva, nem morta, eu o juro, Flor.

Enquanto Justa, a um aceno dele, agarrava D. Flor e a levava à casa, seguida de D. Genoveva, Arnaldo galgando o muro, soltou o grito de guerra do chefe Anhamum, e arrojou-se ao combate, montando no corisco, oculto alí perto à sua espera.