a fazenda das Araras nos Inhamuns, e agarrar o atrevido onde quer que êle se escondesse.
A poucos passos da fazenda, Arnaldo viu Jó ao longe, sentado em um tôco de pau negro do fogo e com os olhos submergidos no azul do céu.
— Por que tardaste, Jó?
— Aquele homem não te pertencia enquanto a sorte pudesse mudar seu destino. Esperei para ver se Deus mandava uma bala que o levasse.
— Sua vida não corre perigo.
— Sua vida, não; foi sua felicidade que mataste.
— Êle não ama D. Flor.
— Ama sua liberdade, filho.
Arnaldo ficou pensativo; êle sabia que amor é êsse da independência, a melhor aura do coração brioso.
— Não te desconsoles, filho; é preciso que os homens se devorem entre si, para que a terra caiba à raça de Caim.
O velho absorveu-se de novo em sua cogitação; e Arnaldo dirigiu-se à Oiticica, onde o capitão-mór já tinha chegado, e achava-se no meio de sua família, depois de haver trocado as efusões do mútuo contentamento.