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DIONYSA.

E eu que segredo quero
Co’hum criado de meu pae?

SOLINA.

E vós, mana, fazeis fero?
Ao diante vos espero,
Se adiante o caso vae.

DIONYSA.

O madraço! quem o vir
Fallar de siso co’ella...
Então vós, gentil donzella,
Folgais muito de o ouvir?

SOLINA.

Si, porque me falla nella;
E eu como ouço fallar
Nella, como quem não sente,
Folgo de o escutar,
Só para lhe vir contar
O que della diz a gente;
Qu’eu não quero nada delle.
E mais, porque está fallando?
Não m’esteve ella rogando
Que fosse fallar com elle?

DIONYSA.

Disse-vo-lo assi zombando.
Vós logo tomais em grosso
Tudo quanto me escutais.
Parvo! que vê-lo não posso.

SOLINA.

Ella alli, e o cão co’o osso!
Inda isto ha de vir a mais.