Página:Obras de Manoel Antonio Alvares de Azevedo v1.djvu/266

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Passa-lhes pelo queixo a mão gorducha...

Corre o Prior a soco um Barbadinho,
Atracam-se, blasfemam, se esconjuram...
Um agarra na barba do contrário,
Outro tenta apertar o papo alheio...
Abraçam-se na luta os dois volumes
E rolam como pipas. No oceano
Assim duas baleias ciumentas
Atracam-se na luta... Que risadas!
Que risadas, meu Deus! arrebentando
Soltou o pobre Puff ante a comédia!

NINI
Ouve agora o poema...

PUFF
Espera um pouco:
A taverna do canto não se fecha...
Está aberta. Compra uma garrafa...
Bom vinho... tu bem sabes! Tenho a goela
Fidalga como um Rei. Não tenho dúvida:
Mentiu a minha mãe quando contou-me
Que nasci de um prosaico matrimônio...
Eu filho de escrivão!... Para criar-me
Era — senão um Rei — preciso um Bispo!