D’alguem quem quer que seja que um punhado
De moeda ou papel lhe atire ao leito!
E o que hei de eu mais fazer — enfastiado
Dessas flôres sem cheiro, desbotadas,
Dos festões arrancadas, repisadas
No trepidar de orgia desgrenhada
Em vortice a dansar — soltas as vestes —
Ebria — endoudecida — ás luzes pallidas
Das lampadas na festa amanhecidas?
Amor! rosa do Céo! — na terra um sonho...
Prazer! uma illusão — só um desejo
Insaciado, tantalico — e sempre
Tão illudido aqui e tao logrado!
É maçã rubescente — linda frucia
A desprender-se d’arvore madura;
Quando os dentes a mordem amargosa.
Sómente podridão e seccas cinzas —
Repellem-na os labios enjoados!
Mundo de sordidez! cynica essencia!
Infamia e mais infamia! apenas fezes!
Prosaica vida, eu te maldigo, e escarro
Em teus festins brilhantes... mentirosos!
M. A. A. A.
Talvez, como eu disse no principio, não gostes desta ultima parte — não aches muito de teu gosto este byro-