Página:Obras de Manoel Antonio Alvares de Azevedo v2.djvu/250

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modo! Contudo eu sou capaz de jurar que não sonhei! Olá mulher da venda!

A mulher (batendo de fora): Senhor moço! Abra! abra!

Macário: Que algazarra do diabo é essa?

(Abre a porta. Entra a mulher).

A mulher: Ah! Senhor! estou cansada de bater à sua porta! Pois o senhor dorme a sono solto até três horas da tarde!

Macário: Como?

A Mulher: Nem ceou-aposto: nem ceou. A vela ardeu toda. Ora vejam como podia pegar fogo na casa! Pegou no sono, comendo de certo!

Macário: Esta é melhor! Pois aqui não esteve ninguém ontem comigo?

A Mulher: Pela fé de Cristo! ninguém.

Macário: Pois eu não saí daqui de noite, alta noite, na garupa de um homem de ponche vermelho e preto, porque meu burro tinha fugido para o sítio do Nhô Quito?