Página:Obras de Manoel Antonio Alvares de Azevedo v3.djvu/13

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Resignemo-nos.

Profetas da civilização, apóstolos da luz, lançarão a semente fecundante, em seu perpassar na terra; pois bem, reguemo-la, nós outros, obreiros do progresso, com o suor de nosso rosto, e oxalá que arvores frondosas e frutos doces e viçosos — venham abençoar nossas noites de insônia, nossas decepções e amarguras. Estrelas cintilantes a luzirem no céu — sejam eles nosso norte, e levantemos-lhes estátuas, e engrinaldemos- lhes as frontes nos traços vivos de nossos arroubos e inspirações.

A terra de Bueno e dos Andradas, e onde pela primeira vez soara a voz vibrante do príncipe guerreiro — que nos deu foros de livres — foi o berço de Álvares de Azevedo.

S. Paulo, a pátria de tantos heróis que a Historia canta, iluminou com seu reflexo dourado a fronte infantil do mancebo poeta.

E a criança, que balbuciava apenas, cresceu e tornou-se o arbusto verdejante, que se foi cobrindo de folhas que o vento agita, de flores que perfumam a brisa.