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Página:Obras poeticas de Claudio Manoel da Costa (Glauceste Saturnio) - Tomo II.djvu/254

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Será o campo teatro, e em sangue escrito
Chorarão sem remédio o seu delito.

Cai a sublevação, e restablece
Outro Almeida o real decoro; cresce
A opulência no Estado; um Melo e Castro,
Da esfera lusitana feliz astro,
Já sucede ao bastão que Almeida empunha;
Deste Herói as virtudes testemunha
Itália toda, e as suas glórias soma,
Cheia de tanto nome, a ilustre Roma.

Mas qual te chamarei, ó sempre digno
Sucessor de Galveas; o benigno
Céu, que te envia a nós, de riso cheio
O seu semblante inculca; ah! que do meio
Do Guadiana te arrancou! Pendente
Lá vejo a espada, e vejo a areia quente
Do sangue derramado! Que destino
Tão fausto para nós! Já imagino
Que eternos os teus dias lograremos!
Dos Tritões sobre as costas levaremos
Ao luso Atlante, nunca tão pesados,
Os Reais Cofres; vinde, ó dilatados
Sertões, vinde montanhas, vinde rios;
Chegai também, ó bárbaros Gentios
Do bravo Cuiabá, do Mato Grosso,
De Pilões, de Goiases, vede o vosso
Destro Governador, que desde as
Minas Sustenta a rédea, e manda as peregrinas
E sábias direções, com que reparte
Em uma e outra dilatada parte
Sua próvida mão, com que segura
O bem do Rei, dos Povos a ventura!
Já do pardo Uraguai busca a corrente;
O Irmão o substitui;