traziam. Via perfeitamente tais armas e descobri que mesmo para isso é que eles tal cousa faziam.
Fascinaram-me e não pude desviar o olhar. Foi a minha desgraça, Deus dos Céus! Um deles ergueu o chapéu ao alto da cabeça e fez para mim, encarando-me com horrorosa catadura:
— Que está olhando?
— Nada, não senhor; respondi eu.
— Vá... Você está aí com parte de siri sem unha... Arreda!
E, sem saber como, vi-me envolvido em um formidável rolo e levei uma porção de pauladas e quatro facadas.
Mandaram-me para a Santa Casa, onde meu amigo Hanthônio me foi visitar:
— Que foi isto? perguntou-me.
— Direitos políticos.
Depois de restabelecido, vim a saber que o Kasthriotoh não tivera um único voto e arranjara um emprego modesto que lhe dava para fazê-lo viver e mais a família com café e pão sem manteiga. A ata (eu a pude ver mais tarde) estava um primor de autenticidade, pois tinha sido falsificada com toda a perfeição por um espanhol que vivia do ofício eleitoral de falsificar atas de eleições. Eis como foi a minha estréia eleitoral."
Os meus leitores poderão verificar que, no ponto de vista eleitoral, a Bruzundanga nada tem que invejar da nossa cara pátria.