seu nobre visinho, era mais uma prova da sua generosa indole.
Vingava-se a fazer bem! E o mais é que se vingaria, se o conseguisse fazer. O beneficio recebido das mãos d'elle seria peior castigo para D. Luiz, do que a perseguição mais cruel.
O fidalgo sentia-o no intimo da consciencia, e um pensamento, que nem as palavras ousaram formular, atravessou-lhe-o espirito como a luz rapida do relampago.
— Terá razão este homem? Será inveja isto?!... Inveja!...
Passados momentos pensava ainda:
— O que é certo é que é um homem honrado. Porque me irrito pois com o auxilio que vem d'elle?... Inveja!
E, perseguido por este grito da consciencia, D. Luiz correu a encerrar-se no seu gabinete, onde passou o resto do dia.