pôr um nome a esta casa... Como se ha de chamar? Villa-Marie? Não. Château-Rose... Tambem não, crédo! Parece o nome d’um vinho. O melhor é baptisal-a definitivamente com o nome que nós lhe davamos. Nós chamavamos-lhe a Tóca.
Maria Eduarda achou originalissimo o nome de Tóca. Devia-se até pintar em letras vermelhas sobre o portão.
— Justamente, e com uma divisa de bicho, disse Carlos rindo. Uma divisa de bicho egoista na sua felicidade e no seu buraco: Não me mexam!
Mas ella parára, com um lindo riso de surpreza, diante da mesa posta, cheia de fruta, com as duas cadeiras já chegadas, e os crystaes brilhando entre as flôres.
— São as bodas de Canná!
Os olhos de Carlos resplandeceram.
— São as nossas!
Maria Eduarda fez-se muito vermelha; e baixou o rosto a escolher um morango, depois a escolher uma rosa.
— Quer uma gota de champagne? exclamou Carlos. Com um pouco de gelo? Nós temos gelo, temos tudo! Não nos falta nada, nem a benção de Deus... Uma gotinha de champagne, vá!
Ella aceitou: beberam pelo mesmo copo; outra vez os seus labios se encontraram, apaixonadamente.
Carlos accendeu uma cigarrette, continuaram a percorrer a casa. A cozinha agradou-lhe muito, arranjada