lá fóra até faz chorar... Pois o menino não acha? Isto é um paiz desgraçado.
— Peor, minha cara senhora, muito peor. Isto é um paiz cursi.
Tinha findado a sobremesa. D. Maria olhou para a condessa com o seu sorriso cansado; a senhora de escarlate calára-se, já preparada, tendo mesmo afastado um pouco a cadeira; e as senhoras ergueram-se, no momento em que o Ega, ainda ácerca da Russia, acabava de contar uma historia ouvida a um polaco, e em que se provava que o Czar era um estupido...
— Liberal todavia, gostando bastante do progresso! murmurou ainda o conde, já de pé.
Os homens, sós, accenderam os seus charutos; o escudeiro serviu o café. Então o snr. Sousa Netto, com a sua chavena na mão, aproximou-se de Carlos para lhe exprimir de novo o prazer que tivera em fazer o seu conhecimento...
— Eu tive tambem em tempos o prazer de conhecer o pai de v. exc.ª... Pedro, creio que era justamente o snr. Pedro da Maia. Começava eu então a minha carreira publica... E o avô de v. exc.ª, bom?
— Muito agradecido a v. exc.ª
— Pessoa muito respeitavel... O pai de v. exc.ª era... Emfim, era o que se chama «um elegante». Tive tambem o prazer de conhecer a mãi de v. exc.ª...
E de repente calou-se, embaraçado, levando a