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24 : OS VILHANCICOS :

É o recheio de quatro interessantes volumes, que oferecemos ao leitor, dos quais destacaremos, em apêndice a êste trabalho, um, completo, para exemplificação do género. ([1])

  1. Não haverá nas Bibliotecas do País materiais para aumentar a nossa colheita? Outros o dirão. Inocêncio no seu Dic. Bibliogr. cita: 1) Vilhancicos que se cantaram na Capela do Príncipe D. João, Duque de Bragança, nosso Senhor. Evora, 1637. Título, elucida o prestimoso investigador (VII. 450), transcrito do Catálogo da Academia. No tomo XX, 18, aponta mais: 2) Vilhancicos que se cantaram na Real Capela do rei D. João IV, Lisboa, 1642. E cita identicos de 1643, 1644, 1645, 1646 (dois). Outros contados na Capela Real no tempo de D. Afonso VI, sendo o 1.º de 1657 e o último de 1664; outros, em dois tomos, do tempo de D. Pedro II; outros num volume, do tempo de D. João V, sendo o último de 1720 (Ob. e log. cit.). Serão os mesmos ou alguns dos que descrevemos? O Sr. Prof. T. Braga dizendo que os Vilhancicos tiveram o seu desenvolvimento desde 1662 até 1715 afirma que «na Biblioteca da Universidade existe esta imponente colecção» Hist. do Teatro Português no séc. XVIII, Pôrto, 1871, pg. 327). Mas a colecção da Biblioteca de Coimbra é a que forma o tomo IV, que adeante descrevemos. E se é «imponente», o que não contestamos, como chamaremos á colecção acrescida de mais três tomos?