Página:Os trabalhadores do mar.djvu/266

Wikisource, a biblioteca livre
— 26 —

— Ou nevoeiro, disse o americano.

— Na Italia, continuou o tourista, o lugar em que cahe menos chuva é Molfetta, e onde cahe mais é em Tolmezzo.

Ao meio-dia, segundo o uso do archipelago, tocou a sineta para jantar. Jantou quem quiz. Alguns passageiros levavam comida comsigo e comeram no convez. Clubin não jantou.

Ao jantar, a palestra continuou.

O guernesiano, tendo o faro das Biblias, approximou-se do americano. O americano disse-lhe:

— Conhece este mar?

— Sem duvida, sou filho delle.

— E tambem eu, disse um dos maloenses.

O guernesiano adherio com um comprimento, e continuou:

— Agora estamos ao largo, mas não me agradava nada ter nevoeiro emquanto estavamos ao pé dos Minquiers.

O americano disse ao maloense.

— Os insulares são mais homens do mar que a gente da costa.

— É exacto, nós os filhos da costa, temos apenas metade do mar.

— Que cousa é essa dos Minquiers? continuou o americano.

O maloense respondeu:

— São umas pedras ruins.

— Ha tambem os Grelets, disse o guernesiano.

— Ora! disse o maloense.

— E os Chouas, accrescentou o guernesiano.

O maloense deu uma gargalhada.