Clubin respondeu:
— Eu queria ficar em Saint-Malo, mas aconselharam-me que partisse.
— Quem?
— Veteranos do mar.
— Fez bem em partir, continuou o guernesiano. Quem sabe senão haverá tempestade amanhã? Nesta estação espera-se o peior.
Alguns minutos depois a Durande entrava no nevoeiro.
Foi singular esse momento. Toda a gente que estava na pôpa ficou de repente sem ver a gente que ia na prôa. Tenue tabique cinzento cortou o navio ao meio.
Depois todo o navio mergulhou na bruma. O sol parecia uma lua. Subito todos começaram a tiritar. Os passageiros vestiram as capas, e os marinheiros as japonas. O mar, quasi sem uma dobra, tinha a fria ameaça da tranquillidade. Parece que ha conluio neste excesso da calma. Tudo estava pallido e enfiado. O negro cano e a fumaça negra lutavam contra a lividez que cercava o navio.
A derivação a leste já não tinha razão de ser. O capitão aproou de novo sobre Guernesey e augmentou o vapor.
O passageiro guernesiano, andando á roda da machina, ouvio o negro Imbrancam que fallava a um dos companheiros. O passageiro prestou ouvidos. Dizia o negro:
— Quando havia sol iamos devagar; agora que ha nevoeiro, vamos depressa.
O guernesiano foi ter com o Sr. Clubin.