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Página:Os trabalhadores do mar.djvu/457

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Sahira-lhe um prodigio das mãos, e elle contemplava-o com espanto.

Mas esse espanto durou pouco.

Gilliatt teve o movimento de um homem que desperta, travou da serra, cortou os oito cabos, depois, separado agora da pança apenas uns dez pés, deu um salto, cahio dentro, pegou em um rolo de fio, fez quatro cabos, passou-os nas argolas preparadas de antemão, e prendeu por ambos os lados da pança, as quatro correntes do cano que uma hora antes ainda estavam presas na amurada da Durande.

Amarrado o cano, Gilliatt desembaraçou a parte superior da machina. Um pedaço do tombadilho da Durande ainda alli estava preso. Gilliatt, despregou-o e limpou a pança daquella porção de taboas e vergas que atirou sobre os rochedos. Util allivio.

Demais, como é de prever a pança sustentou com firmeza a carga da machina. Mergulhou muito pouca cousa. A machina da Durande, embora massiça, era menos pesada que o montão de pedras e o canhão trazidos outrora de Herm pela pança.

Tudo estava acabado. Só restava ir-se embora.