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Página:Os trabalhadores do mar.djvu/577

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Ella saltou-lhe sobre o hombro e começou a brincar docemente com o bico nos seus labios.

Gilliatt abrio os olhos.

Os passaros, alegres e ariscos, voaram.

Gilliatt levantou-se e espreguiçou-se como o leão acordando, correu á bordo da plataforma e olhou para o intervallo das Douvres.

A pança estava intacta. O batoque resistira; provavelmente o mar maltratara-o pouco.

Tudo estava salvo.

Gilliatt já não estava cansado. Refizeram-se-lhe as forças. O desmaio foi um somno.

Esvasiou a pança, poz a avaria fora da fluctuação, vestio-se, bebeu, comeu, tornou-se alegre.

O buraco examinado de dia demandava mais trabalho de que Gilliatt pensou. Era uma grande avaria. Gilliatt gastou o dia inteiro em reparal-o.

No dia seguinte, de madrugada, depois de desfazer a tapagem e abrir a sahida do estreito, vestido com os andrajos que tinham vencido a avaria, tendo comsigo o cinto de Clubin e os setenta e cinco mil francos, em pé na pança concertada, ao lado da machina salva, com um vento de feição e mar admiravel, Gilliatt sahia do escolho Douvres.

Aproou sobre Guernesey.

No momento em que se a affastava do escolho, alguem que lá estivesse tel-o-hia ouvido entoar a meia voz a canção Bonny Dundee.


FIM DA SEGUNDA PARTE