É ao mesmo tempo a parochia de Saint-Pierre Port o chefe de toda a ilha. Tem por parocho o subrogado do bispo, clergyman com plenos poderes.
O ancoradouro de Saint-Pierre Port, hoje largo e magnifico porto, era naquella época, e ainda ha dez annos, menos consideravel que o ancoradouro de Saint-Sampson. Eram duas grossas paredes cyclopicas curvas partindo da praia a estibordo e bombordo e ligando-se quasi na extremidade, onde havia um pharolsinho branco. Debaixo daquelle pharol uma garganta, que ainda tinha as duas argolas da corrente que a fechava na idade média, dava passagem aos navios. Imaginem uma unha de lagosta aberta, era o ancoradouro de Saint-Pierre Port. Aquella tenaz tomava ao mar um pouco de agua que obrigava a ficar tranquilla. Mas com vento d’Este, havia marulho na entrada, o porto ficava agitado, e era acertado não penetrar lá. Foi o que fez nesse dia o Cashmere, que ficou fóra.
Os navios, quando soprava o Este, faziam isso que, no fim das contas, economisava as despezas do porto. Nesses casos, os bateleiros da cidade, tribu valente de marinheiros que o novo porto destituira, iam tomar em seus barcos os viajantes, ou no cáes, ou nas estações da praia, e os transportavam, a elles e ás bagagens, muitas vezes com marés agitadas e sempre sem accidente, aos navios que deviam sahir. O vento d’Este é um vento de flanco muito bom para ir á Inglaterra; o mar é agitado sem que o navio estremeça.
Quando o navio ficava no porto, todos embarcavam no porto; quando estava fóra, podia-se escolher