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UMA ODE DE ANACREONTE


A scena é em Somos.

Sala de festim em casa de Lysias. A esquerda a mesa do festim; á direita uma mesa tendo em cima uma lampada apagada, e junto da lampada um rolo de papyro.


SCENA I
LYSIAS, CLEON, MYRTO.
(Estão no fim de um banquete, os dous homens deitados á maneira antiga, Myrto sentada entre os dous leitos. Tres escravos.)


LYSIAS.

Melancolica estás, bella Myrto. Bebamos!
Aos prazeres!


CLEON.

         Eu bebo á memoria de Samos.
Samos vai terminar os seus dourados dias;
Adeus, terra em que achei consolo ás agonais
Da minha mocidade; adeus, Samos, adeus!


MYRTO.

Querem-lhe os deuses mal?