Dar-t’as-hei quais as teve a celebrada Lais.
Casa, rico jardim, servas de toda a parte;
E estatuas e paineis, e quantas obras d’arte
Podem servir de ornato ao templo da belleza,
Tudo haverás de mim. Nem gosto nem riqueza
Tu ha de faltar, mimosa, e só quero um penhor.
Quero... quero-te a ti.
MYRTO.
Pois que! já quer a flôr,
Quem desdenhando a flôr, só lhe pede o perfume?
LYSIAS.
Esqueceste o perdão?
MYRTO.
Ficou-me este azedume.
LYSIAS.
Venus póde apagal-o.
MYRTO.
Eu sei, creio e não creio.
LYSIAS.
Hesitar é ceder: agrada-me o receio.
Em assumpto de amor, vontade que fluctua
Está prestes a entregar-se. Entregas-te?
MYRTO.
Sou tua!