Página:Phalenas.pdf/188

Wikisource, a biblioteca livre
— 184 —
XXXII


Cum só olhar escravos elle e ella
Já lhes pulsa mais forte o sangue e a vida;
Rapida corre aquella noite, aquella
Para as castas venturas escolhida;
Assoma já nos labios da donzella
Lampejo de alegria esvaecida.
Foi milagre de amor, prodigio santo.
Quem mais fizera? Quem fizera tanto?

XXXIII


Preparára-se ao moço um aposento.
Oh! reverso da antiga desventura!
Têl-o perto de si! viver do alento
De um poeta, alma languida, alma pura!
Dá-lhe, ó fonte do casto sentimento,
Aguas santas, baptismo de ventura!
Emquanto o velho, amigo de outra fonte,
Vai mergulhar-se em pleno Xenophonte.

XXXIV


Devo agora contar, dia por dia,
O romance dos dous? Inutil fôra;
A historia é sempre a mesma; não varia