Nem tu mesma fugiste á sorte dos combates,
Grecia, mãi do saber. Mas que póde o oppressor,
Quando o genio sorrio no berço de uma serva?
Pallas despe a couraça e veste de Minerva;
Faz-se mestra a captiva; abre escola ao senhor.
Agora, já cansada e respirando a custo,
Desce; vem repousar no monumento augusto.
Gottejão-lhe inda sangue as azas colossaes.
A sombra do terror assoma-lhe á pupilla.
Vem tocada das mãos de Cesar e de Sylla.
Vê quebrar-se-lhe a força aos vinculos mortaes.
D'um lado e de outro lado, azulão-se
Os vastos horizontes;
Vida resurge esplendida
Por toda a creação.
Luz nova, luz magnifica
Os valles enche e os montes....
E além, sobre o Calvario,
Que assombro! que visão!
Fitei o olhar. Do pincaro
Da colossal montanha
Surge uma pomba, e placida
Página:Phalenas.pdf/35
Saltar para a navegação
Saltar para a pesquisa
– 33 –
