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Com os olhos vesgos, a fluctuar d'esguelha,
Ségue-te átraz uma visão vermelha.

Uma visão gerada do teu sangue
Quando no Horror te debateste exangue.

Uma visão que é tua sombra pura
Rodando na mais trágica tortura.

A sombra dos supremos soffrimentos
Que te abaláram como negros ventos.

E a sombra as tuas voltas acompanha
Sangrenta, horrível, assombrosa, estranha.

E o teu perfil no vácuo perpassando
Vê rubros caractéres fiammejando.

Vê rubros caracteres singulares
De todos os festins de Balthazares.

Por toda a parte escripto em fogo eterno:
Inferno! Inferno! Inferno! Inferno! Inferno!

E os emissarios espectraes das mortes
Abrindo as grandes azas flammi-fortes...

E o teu perfil oscilla, treme, ondula,
Pelos abysmos eternaes circula...

Circula e váe gemendo e váe gemendo
E suspirando outro suspiro horrendo.