E tanto ama o trabalho, como
Adora a inercia;
Ora do fuste, ora da ogiva,
Sair parece;
Ora o Deus do occidente esquece
Pelo deus Siva;
Gosta do estrepito infinito,
Gosta das longas
Solidões em que se ouve o grito
Das arapongas;
E, se ama o lepido besouro,
Que zumbe, zumbe,
E a mariposa que succumbe
Na flamma de ouro,
Vagalumes e borboletas,
Da côr da chamma,
Roxas, brancas, rajadas, pretas,
Não menos ama
Os hippopotamos tranquillos,
E os elephantes,
E mais os bufalos nadantes
E os crocodilos,
Como as girafas e as pantheras,
Onças, condores,
Toda a casta de bestas feras
E voadores.