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Página:Poesias por A. Herculano.pdf/319

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O CÃO DO LOUVRE.


Tu que passas, descobre-te! Alli dorme
       O forte que morreu.
Dá ao martyr do Louvre algumas flores;
       Dá pão ao seu lebreu.
Da batalha era o dia. O canhão troa:
E o livre corre á morte, e juncto delle
       O seu cão vae:
A mesma bala ambos feriu: o martyr
Não deploreis: o amigo seu que vive
       Só pranteae!
Tristonho, sobre o forte elle se inclina,
Affagando-o e gemendo; e a ver se acorda
       Põe-se a latir;