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QUINCAS BORBA
191

QUINCAS BORBA

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Bubião não sabia nada, nem se a casa existia, nem se elles eram credores delia; ouviu a noticia, respondeu que estimava muito, e dispoz-se a ir embora. Mas o sócio reteve-o ainda alguns instantes. Estava alegre agora; parecia que não lhe morrera ninguém. Voltou a fallar de Maria Benedicta. Tinha intenção de casal-a bem; nem ella era moça de dar lerias a pelintras, nem se deixava ir por phantasias tolas; era ajuizada, merecia um bom esposo, pessoa seria. — Sim, senhor, ia dizendo Bubião. — Olhe, murmurou de repente o sócio; não se admire do que lhe vou dizer. Creio que você é que casa com ella. — Eu? acudiu Bubião, espantado. Não, senhor. E em seguida, para attenuar o effeito da recusa: Não nego que seja moça digna e perfeita; mas... por ora... não penso em casar... — Ninguém lhe diz que seja amanhã ou depois; casamento não é cousa que se improvise. O que eu digo é que tenho cá um palpite. São cousas; palpites. Sophia nunca lhe filiou neste meu palpite? — Nunca. — É exquisito, disse-me que lhe fallára uma vez, ou duas, não me lembro bem.