Página:Quincas Borba.pdf/430

Wikisource, a biblioteca livre
420
QUINCAS BORBA

420

QUINCAS BORBA

dava-lhe agora o próprio cão, como se ambos representassem a mesma espécie. E sentindo que a sua presença levava ao animal uma sensação boa, não queria prival-o do beneficio. — A senhora está-se enchendo de pulgas, observou Sophia. D. Fernanda não a ouviu. Continuou a mirar os olhos meigos e tristes do animal, até que este deixou cahir a cabeça e entrou a farejar a sala. Sentira o cheiro do senbor. A porta da rua estava aberta; elle teria fugido' por ella, se Baymundo não acudisse a prendel-o. D. Fernanda deu algum dinheiro ao creado para que o fosse lavar e conduzir á casa de saúde, recommendando-lhe o maior cuidado, que o levasse ao collo, ou preso por um cordão. Nesta parte acudiu também Sophia, ordenando que a procurasse antes, em casa.

CAPITULO CLXXXIX

Sahiram. Sophia, antes de por o pé na rua, olhou para um e outro lado, espreitando se vinha alguém; felizmente, a rua estava deserta. Ao verse livre da possilga, Sophia readquiriu o uso