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Página:Revista do Instituto Archeologico e Geographico Pernambucano, Tomo XII (1905-1906).pdf/597

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esplendor, como constantemente mostra-se na região Equatorial, e rodeado de tres estrellas, simbolo das Provincias insurgidas»[1]. Não falla no arco-íris.

O autor dos Martyres Pernambucanos, outro contemporaneo, registrou, em 1 de Abril de 1817; «Bando solemnissimo, convidando todas as classes do povo, para no dia seguinte assistirem á benção das novas bandeiras no Campo da Honra: constarão ellas do arco-iris, tendo sobreposto o sol, o sotaposta a cruz, occupando a parte interior do campo branco; e por baixo da cruz as iniciaes: — S. P. S. L. E.»[2]. Não allude ás estrellas.

Mello Moraes, além do desenho sem texto da bandeira e do sello, reproduzidos no Vol. II, pag. 41, do Brasil Historico, consignou ainda, no Vol. I, pag. 174, da Historia do Brasil Reino e Brasil Imperio, uma carta, escripita de Pernambuco para o Rio de Janeiro, por um Portuguez a outro seu amigo e compatriota, resumindo os factos da revolução, como testemunha presencial dos acontecimentos.

Nesta carta encontra-se o seguinte trecho: «Raspárão as corôas, tirárão os quadros de Suas Magestades, e formárão bandeira chamada republicana. Era um quadro dividido horizontalmente; a parte de cima, em campo azul escuro, uma estrella em cima, e um arco-iris: por baixo o sol, não sei se, pondo-se ou se nascendo.» Esta descripção é accorde com a de Tollenare.

Dos modernos, Pereira da Silva, com a negligencia habitual, affirmou ser a bandeira «de côres brancas e azues com uma grande cruz vermelha no centro»[3]

Em compensação são fieis os desenhos reproduzidos no periodico fluminense A Luz, de 1872 (Vol. I, pag. 305), e na Revista Diabo a Quatro, do Recife, de 9 de Março de 1879.

Alfredo de Carvalho.

  1. Loc. cit., pag. 99 (2.ª edição).
  2. Loc. cit., pag. 55.
  3. Historia da Fundação do Imperio Brasileiro, Vol. IV. pag. 162