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Página:Rosa - romance brasileiro, t1 (nova ed.).pdf/38

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— Já se vio rapariga mais impertinente ?

— Se Vm. me der as flôres, eu lhe não peço mais nada nestes quinze dias...

— Devéras ?...

— Palavra de moça.

— Oh, mano, disse Mauricio, esta despeza é uma verdadeira economia !

Anastacio sacudia a cabeça com ar de piedade.

— Então, meu paizinho ?...

— Nestes quinze dias mais nada ?....

— Nem agulhas.

— Dou-te as flôres.

— Victoria ! exclamou Rosa batendo palmas com alegria infantil.

A moça abraçou o pescoço do amoroso pai, deu-lhe um beijo na testa, e correu para dentro, graciosa, como um beija-flôr.

— E portanto, disse Mauricio sorrindo-se, passou tambem o credito supplementar ?

— O que muito positivamente passou, respondeu Anastacio, é que meu irmão Mauricio tem ainda menos juizo do que minha sobrinha Rosa.

Mauricio olhou para o commendador, e apontando para anastacio, disse :

— Elle não tem filha.

V

O Juca.

Era de tarde.

D. Bazilia, senhora dos seus sessenta e tantos annos de idade, de oculos de quatro vidros no nariz, e