MATER
I
Vou empunhar a lyra e dedilhar tremendo
Um harpejo d′amor.
Para este fim augusto era attentado horrendo
Calar-se o trovador.
Embora o canto meu seja modesto e pobre
Tem rica inspiração;
Dedico-o a minha Mãe: — o sentimento é nobre,
Nasceu no coração.
Minha Mãe! minha Mãe! que favos de doçura
E que harmonia vae
No teu nome — Maria! És outra Virgem Pura,
Minha Mãe! minha Mãe!
Quando eu era no berço, a tua voz maviosa
Erguia um canto assim: