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ERNESTINA



A MINHA FILHA


Nul n′est heureux et nul n'est triomphant.

Victor Hugo.


Ernestina! bem vês que me sujeito á sorte;
Vive, como teu pae, do bulicio affastada;
Feliz bem sei que não. E′ um viver na morte,
Mas tem paciencia, filha e soffre resignada.

Ninguém é feliz, crê. Todos soffrem no mundo,
Para todos a vida é uma obra incompleta;
Em cada hora que vae descarrega-nos fundo
Um incuravel golpe a fera mão secreta.