— O Simão anda bem doente!
— Que tem?
— Nada, nada, meu senhor. Isto vai assim mesmo até acabar de uma vez.
A mulher levantou os ombros:
— Ninguém lhe tira aquilo da cabeça.
— Mas o que sente? perguntou Ricardo ao doente.
— Eu sei!
— É assim uma fraqueza, que já nem se pode levantar, respondeu a mulher. Há uma semana que está aí, nessa cama, que nem ata, nem desata.
— Não tem tomado remédio?
— Que há de tomar, meu senhor?
Ricardo achou-se embaraçado na resposta; nada absolutamente entendia de medicina, ciência aliás em que todos arranham seu tanto. Tirando da carteira uma nota de dois mil-réis, pô-la na mão da mulher do pescador.
— É D. Joaquina que lhe manda!
— Deus lhe há de pagar a ela as esmolas que nos tem feito, disse a Gertrudes.