Página:Sonhos d'ouro (Volume I).djvu/137

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— Ficarão magníficos.

— E há de ser moda!

— Sr. Bastos, o senhor me há de fazer o favor?... disse a moça.

— Com muito gosto, D. Guida!

A flor corria de mão em mão; e teria se desfolhado afinal se a dona não reclamasse com instância para restituí-la à sua posição.

— Guida anda apaixonada por essa flor, disse D. Clarinha. Há mais de um mês que me fala nela.

— Será pela flor? perguntou o Dr. Nogueira com um sorriso malicioso.

Guida lançou-lhe um olhar, que era um alfinete embebido em aljôfar:

— Não é pela flor, não. É pelo senhor. Pois não sabia?

— Ah! se fosse, D. Guida, eu seria o homem o mais feliz do mundo, acredite!

— Bravo, bravo! E então, D. Paulina?

— Guida sempre foi muito apaixonada de flores, respondeu a senhora, aturdida por aqueles constantes diálogos que se cruzavam.