Página:Sonhos d'ouro (Volume I).djvu/50

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— Ande lá, Mrs. Trowshy! E a senhora bem caladinha!...

— Mas o que é?

— Não viu um moço que estava recostado na grama ao lado do caminho?

— Onde?... Não vi nada!

— Sim? Não me engana! Pois o moço tinha uma flor na mão, creio que era um girassol, e pensando que eu não o via, ou talvez que era outra pessoa, dava tais beijos na flor, que de cada beijo comia um pedaço.

— Oh! oh! engraçado! exclamava a mestra com um riso puro cockney.

— Espere; o mais interessante é que ele não cansava de dizer enquanto beijava o seu girassol: My love, my soul, my darling Harriot, my pretty Mrs. Trowshy!

Baby, baby!... repetia a mestra afogada em riso.

O português não entendera meia palavra do diálogo travado em inglês; mas ele julgava que, sendo incumbido de acompanhar a moça e a mestra na qualidade de criado grave, devia compor-se à