seu nome como um epíteto do caráter por ele agredido e atassalhado. Assim abre-se caminho até à celebridade, que é a base de toda a grandeza. Obtido esse pedestal, “o temível”, ou o parvenu, como o chamam os franceses, pode-se deitar à espera das honras e pepineiras que lhe chovem a mancheias. Só lhe falta um casamento rico, para coroar a obra de sua rápida fortuna. O casamento rico é em verdade um achado da maior importância. Se o indivíduo não tem pátria, nem família, dá-lhe uma apresentável; se já possui esses trastes, ficam-lhe duas, o que não é para desprezar. São duas amarras para tudo; lá e cá, diz-se com toda a sem-cerimônia, “nosso país”. Além disso traz o casamento a fortuna patrimonial, que tem sempre uma certa respeitabilidade, e serve para decorar umas vergonhas e misérias do passado. Ora, a um homem de recurso não é difícil, desde que trepou ao pedestal da celebridade, ou por outra, desde que se tornou um “temível”, não é difícil arranjar uma aliança nessas condições.
Sustando a palavra um instante para observar-lhe o efeito na fisionomia de Ricardo,