Página:Sonhos d'ouro (Volume II).djvu/108

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arremessando-se com ela ao jardim, foi cair precisamente no meio da roda. Aí fincando com a mão esquerda a cadeira na areia, com a direita empunhou o exíguo visconde pelo pescoço, como o faria ao gargalo de um moringue, e assentou-o em cheio na cadeira.

Esta rápida operação foi acompanhada da seguinte jaculatória:

— V. Ex.a de pé, sr. visconde! E eu sem ver! Oh! desculpe-me, excelentíssimo. Aqui tem V. Ex.a uma cadeira. Mas não se incomode, excelentíssimo, por quem é! Deixe, eu mesmo o sento! Para que ter este trabalho! Assim; esteja a gosto; não precisa mais nada?

— Nada, nada! obrigado, muito obrigado, Sr. Benifício, mil vezes obrigado! pôde afinal responder o visconde, fincado na cadeira, e desdobrando-se como um couro amarrotado.

— Aqui está quem pode dar boas informações! disse um da roda.

— Oh! o Benício deve saber. Pois era ele quem os acompanhava, acudiu outro.

— Não veem como está bem penteadinho! tornou