Estamos em junho.
Às onze horas saía Ricardo de seu escritório, já melhor situado, na Rua do Rosário, e dirigia-se à casa da Relação, onde dava audiência a 3.ª Vara Municipal.
Tratava-se de um processo-crime importante: uma falsificação de firma. O negociante, vítima da fraude, tinha procurado Ricardo para incumbi-lo de promover a acusação com energia, pois era mister um exemplo.
Por avanço de honorários deixara-lhe sobre a mesa naquela manhã um conto de réis.