de todos aqueles por cuja felicidade eu rogo a Deus todos os dias?
Abençoe-me, querida mãe; e dê a Bela o santo beijo que eu de longe não posso receber.
Seu filho
Ricardo
18 de agosto 1871.
Quando Luisinha terminou a leitura da breve carta, duas lágrimas rolavam pelas faces de D. Benvinda, que parecia absorvida na imagem do filho ausente. Bela se erguera, e enxugando com o lenço de cambraia as faces da velha, dobrou os joelhos para receber na fronte o beijo de Ricardo, ungido pela bênção materna.
Entretanto Luisinha voltava de todos os lados a carta volumosa, em cujo sobrescrito reconhecera admirada a letra de Fábio, o qual raras vezes escrevia e sempre de afogadilho, por desencargo de consciência.
— E esta é de Fábio? perguntou D. Benvinda.
— Não sei, respondeu Luisinha vermelha como lacre. Creio que é.
— Basta ver a letra, disse Bela.