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Página:Sonhos d'ouro (Volume II).djvu/66

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Entre duas e três horas, Benício era infalível na Rua do Ouvidor. Se a família de seu íntimo amigo o General F. queria avisar a este do lugar onde o estava esperando; se o seu ilustre amigo o Conde G. ao chegar ao Largo de São Francisco de Paula não encontrava o carro e precisava que o fossem chamar; se a sua respeitabilíssima amiga a Baronesa H., que andava às voltas com encomendas, procurava alguma casa de pechincha; se finalmente o seu bom amigo o Camarista I., ou o Almirante K. ou o Marquês L. queriam perder-se em certas ruas abstrusas e enganar-se de porta: aí estava rente o incomparável Benício; era ele o homem da situação.

Em um ápice dava ele com o general em certa barraca de campanha, que este gostava de contemplar, lá para as bandas do Mercado, efeitos da nostalgia guerreira; farejava o lacaio do conde na barraca do Largo da Sé onde o brejeiro jogava o pacau por conta do senhor; conduzia a matrona a uma casa misteriosa, onde ia todo o mundo grande, mas ninguém confessava; e por último tais