de casa. Quem sabe se não é também diplomacia para ganhar tempo?
— Estou mudo como um reposteiro.
— Pois ouça. O primeiro desejo era, note que eu não digo é; era que o Galgo fosse meu.
— Não vejo a impossibilidade.
— Eu lhe mostro. Se papai quisesse comprá-lo, o senhor recusaria vendê-lo.
— Certamente.
— Era o único meio.
— Perdão; há outro.
— Não há mais nenhum. O senhor não podia nem pensar em oferecê-lo a pessoas com quem não tinha relações íntimas; e menos agora, depois desta confissão. Portanto é impossível.
— Assim, decerto.
— Passemos ao segundo.
— É verdade, ainda restam dois desejos.
— O meu segundo desejo... Promete não desconfiar? disse Guida voltando-se para ele com gentileza.
Ricardo teve uma suspeita de que a filha do banqueiro o estava debicando, como costumam