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Página:The works of the late Edgar Allan Poe volumes 1-2.djvu/371

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A MÁSCARA DA MORTE VERMELHA


Prospero enquanto pronunciava essas palavras. Elas ecoaram nas sete salas, de forma alta e clara - pois o príncipe era um homem ousado e robusto, e a música ficou abafada com o aceno de sua mão.

Foi na sala azul, onde estava o príncipe, com um grupo de cortesões pálidos ao seu lado. A princípio, enquanto ele falava, houve um ligeiro movimento desse grupo na direção do intruso. Este, que estava próximo, e com passo deliberado e imponente, aproximava-se mais do interlocutor. Mas, não foi encontrado ninguém que estendeu a mão para agarrá-lo; de modo que, desimpedido, ele passou a um metro da pessoa do príncipe; e, enquanto a vasta assembléia, como se com um único impulso, se retraísse do centro das salas para as paredes, ele seguiu ininterruptamente com o mesmo passo solene e medido, através da câmara azul para o roxo - através do roxo para o verde - através do verde para a laranja - através disso novamente para o branco - e mesmo daí para o violeta sem ninguém para detê-lo. Foi então, no entanto, que o próprio Próspero, enlouquecido de raiva e com vergonha de sua covardia momentânea, correu às pressas pelas seis câmaras, enquanto ninguém o seguia.Ele carregava uma adaga desembainhada e se aproximou, em rápida impetuosidade, da figura em retirada, quando esta última ao atingir a extremidade do sala de veludo, virou-se repentinamente e confrontou o perseguidor. Houve um grito agudo - e a adaga caiu brilhando sobre o tapete de zibelina, sobre o qual, imediatamente depois, caiu prostrado e morto o príncipe Prospero.

E agora foi reconhecida a presença da Morte Vermelha.