Eram quatro horas da tarde, quando um homem à pé e coberto de pó chegava à tronqueira da fazenda do Aguiar.
Da janela do sobrado, onde por um excesso de prudência se fora postar, avistou o Aguiar ao caminheiro, em quem os capangas, agrupados no pátio, já tinham reconhecido Jão Fera.
Ligeiro calafrio correu pela medula desses homens valentes e avezados ao perigo.
Abriu o Bugre descansadamente a tronqueira, e avançou com a costumada pachorra para o terreiro, como quem entrasse por sua casa. Aí chegando, saudou o fazendeiro e outras pessoas com um toque no chapéu.
— Tenham todos boa-tarde.
Tão surpresos ficaram os outros daquele sossego, que nem se lembraram de responder à saudação.