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XI

Junho 1871.

No folhetim do Diario Popular de 24 de junho lêem-se notaveis considerações de ordem moral. São em verso. O poeta dirige-se, na sua declamação solitaria, a uma mulher.

Numa prosa anterior (prelúdio) escreve que a missão da arte é ensinar a amar (!) — e que na arte não entra realidade, justiça ou moral pública porque (acrescenta) a arte nada tem com os direitos civis. Colocado assim à Larga, na anarquia da voluptuosidade e do lirismo, aí está o que o poeta expõe e ensina num jornal popular, com uma tiragem de 20000 exemplares, que anda por cima das mesas e nos cestos de costura!

Começa por dizer:

Que é bom amar no campo, à tarde e a sós!

Depois continua:

Que prefere o campo, porque nas salas do mundo não lhe é dado beijar a mão dela às largas! Que o campo é livre e as sombras dão refúgio