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Página:Uma campanha alegre v1 (1890).pdf/137

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Porque, sabe a coroa o que logicamente devia dizer? — Isto:

«Meus senhores: — E com o maior desprazer que me acho no meio de vós, pois que estou fatigado da vossa imbecilidade, da vossa intriga e do vosso desleixo. A situação exterior é esta: somos o que somos, porque nos deixam sê-lo por misericórdia.

A interior é esta: finanças em ruína; colónias exploradas pelo estrangeiro; marinha nula; indústria entorpecida; clero ignorante e imoral; ensino caótico; vida municipal extinta; funcionalismo desbragado; pensamento emudecido; carácter corrompido; serviços públicos desorganizados; leis em confusão; agiotagem em triunfo; proletariado em miséria; etc., etc., etc. Vão, e que o Diabo os carregue, para os seus lugares. Disse.»

Assim devia falar a coroa.

Mas, assim ou de outro modo, que seja sobretudo nacional em gramática! Que significa a construção do período à inglesa — adoptada pelo discurso da coroa? Que britânico furor a tomou de colocar os adjectivos antes dos substantivos? E uma adulação

à pérfida Álbion? Quebramos nós o Tratado de Methuen — para nos irmos escravizar no tratado de gramática de Sadley? A que vêm estas expressões repetidas de pública fazenda, nacional riqueza? São influências da política inglesa?